O
Ábaco é um instrumento utilizado na china há pelo menos 2.500 anos, com o nome
de SUAN-PAN. Há mais ou menos 400 anos os japoneses levaram o ábaco para o
Japão, onde desenvolveram uma versão mais moderna e mantiveram o mesmo nome em
ideogramas dado pelos chineses, o que originou o nome SOROBAN.
Além
dos ábacos chineses e japoneses, modernos e antigos, existem outros, tais como
o romano (abacus), o grego (abax), azteca (nepohualtzitzin), russo (stchoty) e
outros.
No
início eram apenas registradas as operações de adição e subtração,
posteriormente foram desenvolvidas técnicas para a multiplicação e divisão.
Atualmente já são conhecidas técnicas para a extração da raiz quadrada e
cúbica, trabalhos com horas, minutos e segundos e também conversão de pesos e
medidas. No ábaco podemos operar com números inteiros, decimais e negativos com
rapidez e perfeição.
No
Japão ele tem fortes raízes culturais, onde fez parte do ensino obrigatório por
mais de sessenta anos. Hoje, quase todas as escolas ministram aulas de ábaco em
cursos extracurriculares. Há também mais de duzentas associações organizadas e
que disputam acirradamente campeonatos locais, nacionais e internacionais,
produzindo verdadeiros campeões e ídolos.
Ábaco
Escolar
Em
todo o mundo, os ábacos têm sido utilizados na educação infantil e na educação
básica como uma ajuda ao ensino do sistema numérico e da aritmética. Nos países
ocidentais, uma tábua com bolas similar ao ábaco russo mas com fios mais
direitos e um plano vertical tem sido comum.
O
tipo de ábaco aqui mostrado é vulgarmene utilizado para representar números sem
o uso do lugar da ordem dos números. Cada bola e cada fio tem exactamente o
mesmo valor e, utilizado desta maneira, pode ser utilizado para representar
números acima de 100.
A
vantagem educacional mais significante em utilizar um ábaco, ao invés de bolas
ou outro material de contagem, quando se pratica a contagem ou a adição
simples, é que isso dá aos estudantes uma ideia dos grupos de 10 que são a base
do nosso sistema numérico. Mesmo que os adultos tomem esta base de 10 como
garantida, é na realidade difícil de aprender. Muitas crianças de 6 anos
conseguem contar até 100 de seguida com somente uma pequena consciência dos
padrões envolvidos.
Usos
pelos deficientes visuais
Um
ábaco adaptado, inventado por Helen Keller e chamado de Cranmer, é ainda
utilizado por deficientes visuais. Um pedaço de fabrico suave ou borracha é
colocado detrás das bolas para não moverem inadvertidamente. Isto mantém as
bolas no sítio quando os utilizadores as sentem ou manipulam. Elas utilizam um
ábaco para fazer as funções matemáticas multiplicação, divisão, adição,
subtracção, raíz quadrada e raíz cúbica.
Embora
alunos deficientes visuais tenham beneficiado de calculadoras falantes, o uso
do ábaco é ainda ensinado a estes alunos em idades mais novas, tanto em escolas
públicas como em escolas privadas de ensino especial. O ábaco ensina
competências matemáticas que nunca poderão ser substituídas por uma calculadora
falante e é uma ferramenta de ensino inportante para estudantes deficientes
visuais. Os estudantes deficientes visuais também completam trabalhos de
matemática utilizando um escritor de Braille e de código Nemeth (uma espécie de
código Braille para a matemática), mas as multplicações largas e as divisões
podem ser longas e difíceis. O ábaco dá a estudantes deficientes visuais e
visualmente limitados uma ferramenta para resolver problemas matemáticos que
iguala a velocidade dos seus colegas sem problemas visuais utilizando papel e
lápis. Muitas pessoas acham esta uma máquina útil durante a sua vida.
Curiosidades
Foi
mostrado que alunos chineses conseguem fazer contas complexas com um ábaco,
mais rapidamente do que um ocidental equipado com uma moderna calculadora
electrônica. Embora a calculadora apresente a resposta quase instantaneamente.
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